terça-feira, 27 de outubro de 2009

Mais Informações sobre Audiodescrição no Mundo

Reino Unido

Entre 1992 e 1995, a Comissão Independente de Televisão realizou o projeto Auditel (Audio Described Television). Reguladores, associações de espectadores e empresas de radiodifusão se integraram para desenvolver audiodescrição para a televisão. Foi demonstrado que era possível a transmissão de audiodescrição através dos sinais analógicos da televisão. Esse projeto foi substituído pela lei de radiodifusão de 1996 que determinou que em dez anos 10% dos programas da televisão digital terrestre deveriam ter audiodescrição.
Em 2003, uma lei das comunicações ampliou a determinação para a televisão digital a cabo e por satélite. Mas foi com o Código de Serviços de Acessibilidade para Televisão (Code on Television Access Services) do Ofcom que determinou 2008 como data limite para a adoção dessa porcentagem na grade de programação (GREENING; ROLPH, 2007, p. 128). Segundo a última atualização do Código de Serviços de Acessibilidade para Televisão feita em abril de 2008, os principais canais já tinham se adequado à porcentagem requerida (OFCOM, 2008b, p.9). E a Sky anunciou que desde 1 de março de 2009 começou a aumentar a inclusão da audiodescrição em seus programas para garantir 20% desse serviço em sua grade de conteúdos (RNIB, online).
Apesar da audiodescrição estar presente nos programas de TV, não havia um intenso uso do serviço por falta de divulgação para a população. Por isso, foi realizada entre 1 de fevereiro e 14 de março de 2008 uma campanha para informar a população sobre esse tipo de recurso de acessibilidade. A campanha conduzida pela aliança entre as empresas de radiodifusão e a Royal National Institue of Blind People (RNIB) com facilitação da Ofcom. Foram feitos materiais para a televisão, impressos e para o rádio. Os principais resultados da campanha foram: a porcentagem da população em geral que sabia do serviço cresceu de 37% para 60% depois da campanha; e entre as pessoas com deficiência visual foi de 43% para 72% (OFCOM, 2008a, p. 14).

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